Resíduos sólidos: Carbonização é alternativa para reduzir poluição
A crescente preocupação com o aumento da temperatura mundial vem obrigando governos e cientistas a desenvolverem alternativas para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa. Umas das fontes importantes desses gases são os resíduos sólidos, cuja destinação final se apresenta hoje como um desafio.
Diante do dilema, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um equipamento que trata o lixo pelo processo de pirólise, ou carbonização, que é a decomposição da matéria pela ação do calor, sem presença de ar nem contato direto com o fogo. O reator de pirólise, como é chamado, reduz a massa e o volume dos resíduos tratados, restando apenas um monte de carvão inerte, ou seja, que não reage biologicamente nem quimicamente em contato com o ambiente.
O professor Gilberto Caldeira Bandeira de Melo, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, afirma que o único cuidado que se deve ter é com o fogo. Como o produto final da pirólise é carvão, se ele incendiar libera na atmosfera o que estiver retido nele. A solução é enterrar o material, como se faz hoje nos aterros sanitários. Sob a terra e mesmo em contato com água de chuva, o resíduo pirolisado não se deteriora nem libera gases. Por isso, diz-se que é inerte.
Usar o processo da pirólise para o tratamento do lixo, conforme explica o professor, resolveria dois problemas: a falta de espaço para depositá-lo e a poluição do solo e da atmosfera, que ocorre atualmente com os modelos utilizados, como aterros sanitários, lixões e incineração.
Bandeira de Melo reconhece que seria difícil ter reatores suficientes para tratar todo o lixo gerado em uma grande cidade, como Belo Horizonte, mas propõe que a pirólise seja utilizada para resíduos químicos e infectantes, como os industriais e hospitalares. Mas, para uma cidade de pequeno porte, poderia ser solução para todo o lixo.
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Fonte:
Miguel Jorge
Ass.Político
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Diante do dilema, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um equipamento que trata o lixo pelo processo de pirólise, ou carbonização, que é a decomposição da matéria pela ação do calor, sem presença de ar nem contato direto com o fogo. O reator de pirólise, como é chamado, reduz a massa e o volume dos resíduos tratados, restando apenas um monte de carvão inerte, ou seja, que não reage biologicamente nem quimicamente em contato com o ambiente.
O professor Gilberto Caldeira Bandeira de Melo, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, afirma que o único cuidado que se deve ter é com o fogo. Como o produto final da pirólise é carvão, se ele incendiar libera na atmosfera o que estiver retido nele. A solução é enterrar o material, como se faz hoje nos aterros sanitários. Sob a terra e mesmo em contato com água de chuva, o resíduo pirolisado não se deteriora nem libera gases. Por isso, diz-se que é inerte.
Usar o processo da pirólise para o tratamento do lixo, conforme explica o professor, resolveria dois problemas: a falta de espaço para depositá-lo e a poluição do solo e da atmosfera, que ocorre atualmente com os modelos utilizados, como aterros sanitários, lixões e incineração.
Bandeira de Melo reconhece que seria difícil ter reatores suficientes para tratar todo o lixo gerado em uma grande cidade, como Belo Horizonte, mas propõe que a pirólise seja utilizada para resíduos químicos e infectantes, como os industriais e hospitalares. Mas, para uma cidade de pequeno porte, poderia ser solução para todo o lixo.
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