Geofísico afirma que o Brasil pode se tornar 2ª maior reserva de petróleo do mundo
Por Rafael Duarte (Agência Petroleira de Notícias)
Em entrevista a Agência Petroleira de Notícias, o exploracionista (geofísico/geólogo) João Victor Campos, aposentado da Petrobrás e responsável pela descoberta do mega campo de Majnoon, no Iraque (30 bilhões de barris de reserva), afirma que a declaração de Haroldo Lima favoreceu fortemente a especulação na bolsa de valores.
APN: Você acha que é verdadeira a declaração de Haroldo Lima, presidente da Agência Nacional do Petróleo, sobre o megacampo de petróleo de Carioca que seria cinco vezes maior que o de Tupi?
Victor: Esse campo de Carioca, bloco BS9 da Bacia de Campos, contíguo ao BS11, onde está o Campo de Tupi, foi perfurado em setembro 2007, e é realmente possível que seja verdadeira a declaração do Haroldo Lima. Só a Petrobrás pode confirmar a existência da reserva de 33 bilhões de barris, isso depois que ela fizer o teste conclusivo.
APN: Que intenção levou o presidente da Agência Nacional do Petróleo a soltar essa declaração da forma como fez? Você acha que houve precipitação?
Victor: Acho que a grande favorecida foi a Repsol, a que detém a menor parcela da parceria e que receberá um dinheiro fantástico. Considerando o barril do petróleo a 100 dólares, os 20% a que tem direito a Repsol sobre os 33 bilhões de barris da Carioca, representam um total de 660 bilhões de dólares. A Petrobrás (que tem 45% das ações do campo de Carioca), a BG (com 35%) e a Repsol (20%) tiveram, em três dias, um ganho em torno de 20 bilhões na bolsa. O Haroldo não poderia se antecipar como fez. Quem tinha que dar essa declaração era a Petrobrás.
APN: De qualquer forma, o que significa para o país a descoberta de Carioca?
Victor: Se vier a se confirmar que o campo de Carioca tem 33 bilhões de barris, conforme anunciado, então é possível que a área abrangida pelo pré-sal (800Km x 200km), teria mais de 100 bilhões de barris. Essa descoberta colocaria o país na posição de 2ª ou 3ª maior reserva de hidrocarbonetos do mundo. Ficando atrás da Arábia Saudita, ultrapassando o Iraque, hoje 3º colocado e disputando o segundo posto com o Irã.
APN: A partir dessa descoberta, que avaliação você faz da continuidade dos leilões das áreas promissoras de petróleo e gás que continuam nos planos do governo brasileiro?
Victor: Sou totalmente contra esses leilões. O Brasil para se transformar em exportador de petróleo deve fazer isso sozinho. O nosso país não precisa de parceria para explorar seu petróleo. Nós temos tudo. Somos os pioneiros. A Petrobrás é a única com tecnologia de exploração de petróleo na área do pré-sal. A defesa dos leilões vem de fora para dentro, com anuência interna. Há uma necessidade urgente e premente de acabar em definitivo com os leilões da ANP e fortalecer o Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, para benefício unicamente do povo brasileiro.
Em entrevista a Agência Petroleira de Notícias, o exploracionista (geofísico/geólogo) João Victor Campos, aposentado da Petrobrás e responsável pela descoberta do mega campo de Majnoon, no Iraque (30 bilhões de barris de reserva), afirma que a declaração de Haroldo Lima favoreceu fortemente a especulação na bolsa de valores.
APN: Você acha que é verdadeira a declaração de Haroldo Lima, presidente da Agência Nacional do Petróleo, sobre o megacampo de petróleo de Carioca que seria cinco vezes maior que o de Tupi?
Victor: Esse campo de Carioca, bloco BS9 da Bacia de Campos, contíguo ao BS11, onde está o Campo de Tupi, foi perfurado em setembro 2007, e é realmente possível que seja verdadeira a declaração do Haroldo Lima. Só a Petrobrás pode confirmar a existência da reserva de 33 bilhões de barris, isso depois que ela fizer o teste conclusivo.
APN: Que intenção levou o presidente da Agência Nacional do Petróleo a soltar essa declaração da forma como fez? Você acha que houve precipitação?
Victor: Acho que a grande favorecida foi a Repsol, a que detém a menor parcela da parceria e que receberá um dinheiro fantástico. Considerando o barril do petróleo a 100 dólares, os 20% a que tem direito a Repsol sobre os 33 bilhões de barris da Carioca, representam um total de 660 bilhões de dólares. A Petrobrás (que tem 45% das ações do campo de Carioca), a BG (com 35%) e a Repsol (20%) tiveram, em três dias, um ganho em torno de 20 bilhões na bolsa. O Haroldo não poderia se antecipar como fez. Quem tinha que dar essa declaração era a Petrobrás.
APN: De qualquer forma, o que significa para o país a descoberta de Carioca?
Victor: Se vier a se confirmar que o campo de Carioca tem 33 bilhões de barris, conforme anunciado, então é possível que a área abrangida pelo pré-sal (800Km x 200km), teria mais de 100 bilhões de barris. Essa descoberta colocaria o país na posição de 2ª ou 3ª maior reserva de hidrocarbonetos do mundo. Ficando atrás da Arábia Saudita, ultrapassando o Iraque, hoje 3º colocado e disputando o segundo posto com o Irã.
APN: A partir dessa descoberta, que avaliação você faz da continuidade dos leilões das áreas promissoras de petróleo e gás que continuam nos planos do governo brasileiro?
Victor: Sou totalmente contra esses leilões. O Brasil para se transformar em exportador de petróleo deve fazer isso sozinho. O nosso país não precisa de parceria para explorar seu petróleo. Nós temos tudo. Somos os pioneiros. A Petrobrás é a única com tecnologia de exploração de petróleo na área do pré-sal. A defesa dos leilões vem de fora para dentro, com anuência interna. Há uma necessidade urgente e premente de acabar em definitivo com os leilões da ANP e fortalecer o Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, para benefício unicamente do povo brasileiro.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias
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