sábado, 12 de abril de 2008

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PCdoB aponta responsabilidades na degradação do meio ambiente

11 DE ABRIL DE 2008 - 11h40

PCdoB aponta responsabilidades na degradação do meio ambiente

No seminário que o PCdoB realiza para discutir meio ambiente e desenvolvimento, em Brasília, nesta quinta (10) e sexta-feira (11), o presidente do Partido, Renato Rabelo, destacou que essa discussão deve ocorrer dentro de um contexto mundial e da realidade brasileira. Para ele, o tema tem implicações política, ideológica, científica e tecnológica. Não é puramente técnico.

O presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, promotor do evento, disse que “todo partido político tem que dar resposta conseqüente, que é o que esse seminário pretende fazer, oferecer elementos e reflexões para ajudar o PCdoB e a esquerda a enfrentar a luta política que hoje se sobrevêm da degradação do meio ambiente”.

A crise ambiental no mundo exige enfrentamento, que deve considerar a causa dessa crise, que é o sistema econômico predominante – o sistema capitalista. A avaliação de Renato Rabelo é de que a produção em grande escala deve levar em conta a questão ambiental. Na avaliação dele, não se resolve o problema apenas com a conformação de um novo modelo econômico. “Existe uma série de especificidades, não basta a mudança dos meios e relações de produção”, alertou.

Ele chamou atenção para a velocidade com que a degradação do meio ambiente tem ocorrido. São mudanças profundas em tempo curto –1750 é o marco da aceleração do efeito estufa. “Dois séculos e meio é um tempo curto para mudanças tão bruscas. Os últimos cem anos a velocidade é ainda maior”, disse, lembrando que “o que está em jogo é a própria existência da humanidade, não a extinção de uma ou outra espécie”, sem esquecer também de dizer que os países pobres são os que perdem mais e, dentro dos países, os mais pobres são os que mais sofrem.

A responsabilidade da situação atual perpassa questões ideológicas e políticas, dentro de grandes interesses geo-políticos. “Os países capitalistas desenvolvidos, na luta de hegemonia entre eles, para conservar ou manter hegemonia, querem empurrar o problema para os países em desenvolvimento, colocando a crise como responsabilidade de todos, sem contar as diferenças, em que eles começaram antes e mais profundamente”, afirmou Rabelo, exemplificando com a situação em que os Estados Unidos - o maior poluidor - não assina o Tratado de Kyoto.

E enfatizou a situação do Brasil, que tem a maior biodiversidade, potencial de biomassas apreciável, posição privilegiada do biodiesel e 12 % das reservas de água doce do mundo. “A nossa responsabilidade é grande. O Brasil pode dar grande contribuição nessa luta de recuperação do planeta”, lembrando que também temos grandes problemas como o desmatamento. [Leia+]

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