sexta-feira, 6 de junho de 2008

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Estado do Rio garante segurança ambiental para a Baía

6/6/2008

Cerca de 80 pessoas participaram, nesta quarta-feira pela manhã, de uma ação simulada de combate a um grande vazamento de óleo diesel na Baía de Guanabara, provocado pelo choque de duas embarcações. O objetivo do exercício era fazer um ensaio geral com todos os participantes do Plano de Emergência da Baía de Guanabara (PEBG), um conjunto de ações emergenciais acionado em casos de grandes acidentes causados por derramamento de petróleo e seus derivados na baía.

O plano tem a coordenação geral do Departamento Geral de Defesa Civil do estado e a coordenação técnica da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), da Secretaria do Ambiente, e de um representante dos órgãos públicos e das empresas participantes.

- Com este treinamento e o que elas fazem por conta própria, as empresas que atuam com óleo na Baía de Guanabara estão preparadas para, em qualquer vazamento de produtos tóxicos, agir e recolher o material com rapidez, minimizando o impacto ambiental do acidente - afirmou o presidente da Feema, Axel Grael.

Nos pequenos e médios acidentes, o combate é feito pelo próprio ou próprios envolvidos. O PEBG só é acionado quando o acidente for de grandes proporções. Nestes casos, os participantes do plano usam seus equipamentos, brigadas e funcionários nas ações.

Participam do PEBG órgãos públicos federais (Marinha do Brasil e Companhia Docas do Rio de Janeiro), estaduais (Feema e Departamento Geral de Defesa Civil) e municipais (Comlurb - Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro e Clin - Companhia de Limpeza Urbana de Niterói) e 23 empresas e estaleiros, entre eles a Petrobras, Petróleo Ipiranga, Texaco, Exxon, Shell, Refinaria de Manguinhos e Estaleiro Mauá.

O simulado feito hoje, que ocorre todo ano pelo menos uma vez, teve a representação de um grande acidente, com o despejo de 30 mil metros cúbicos de óleo diesel na baía. Para fazer o papel do produto poluente, foram jogados na água pedaços de panos brancos que são mantas absorventes e não poluem. O procedimento é quase igual se o produto que vazou fosse óleo bruto.

- A diferença básica é na metodologia usada na retirada do material da água. Com petróleo, usamos alguns equipamentos que não são muito adequados para produtos refinados, como óleos combustíveis, bunkers e o óleo diesel - explicou Alberto Cruz, analista ambiental da Feema.

O simulado começou com o acionamento de uma sirene na Capitania dos Portos, no píer da Praça Mauá, logo após a batida de duas embarcações a cerca de um quilômetro do cais. Os participantes em lanchas do PEBG entraram em ação e cercaram a área afetada com barreiras de contenção, que têm aproximadamente 50 centímetros de profundidade, para conter a expansão de óleo diesel despejado de um dos barcos. O material poluente é puxado por duas lanchas até o egmopol, um equipamento que suga o produto da água. O simulado durou cerca de uma hora.

O PEBG foi o primeiro plano de combate, contenção e recolhimento da poluição provocada por vazamento de óleo no Brasil. Ele foi oficializado em 1991 pelo governo do estado, através de protocolo de intenções firmado entre a Feema e a Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), representando as empresas envolvidas.

Por concentrar no seu entorno um grande número de empresas, indústrias, estaleiros, iates clubes e terminais petrolíferos e ter intenso tráfego de embarcações de vários portes, a Baía de Guanabara é freqüentemente vítima de acidentes causados por vazamentos de óleo e substâncias químicas perigosas, além de ser depositária de lixo urbano e esgoto sanitário. Somente no ano de 2007, a Feema atendeu, aproximadamente, 10 acidentes ambientais, desenvolvendo ações corretivas e emergenciais.

Axel contou que a experiência na Baía de Guanabara balizou a legislação nacional para casos de vazamentos de petróleo e seus derivados em corpos hídricos do país. O plano do governo do estado é levar o sistema para a Baía de Sepetiba, onde o movimento de navios vem crescendo com a dinamização do Porto de Itaguaí. Axel também disse que o governo do estado vai pôr em execução este ano um plano para recolhimento permanente do lixo flutuante na Baía de Guanabara.

Do site
www.imprensa.rj.gov.br

 
 

Fonte: Coordenadoria Comunicação do Estado do Rio de Janeiro.

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