Balanço da campanha "O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO”
CANCELAR OS LEILÕES, MUDAR O MARCO REGULATÓRIO E FORTALECER A PETROBRÁS 100% ESTATAL!
Por Emanuel Cancella, diretor do Sindipetro-RJ
Divulgação: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)
O ataque que o movimento contra a privatização do nosso petróleo e gás sofreu em plena centro do Rio na Avenida Rio Branco no dia 18/12 dos governos municipal, estadual e federal mostrou que estamos no caminho certo. 50 feridos, três presos só liberados após pagamento em papel moeda de R$ 8.300,00 por cabeça. Os presos, 2 dirigentes sindicais da coordenação do movimento e um estudante, foram algemados, jogados no camburão e espancados, sendo liberados do xadrez 6 horas depois, pagando fiança, a maior já paga nesse tipo de situação. Segundo os advogados, só a titulo de comparação, uma semana depois o pai de uma atriz global atropelou e matou uma pessoa, sendo liberado com o pagamento de uma fiança de R$ 1.400,00. As digitais do governo federal estão no mandado de reintegração de posse da ocupação do Edise (sede da Petrobrás). Preferiram acionar a justiça e chamar a polícia, em vez de receber lideranças do movimento para discutir. Essa posição é reforçada por Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, no balanço da realização do 10º leilão ANP, divulgado e assinado por ele, onde há rasgados elogios aos colaboradores com ênfase na segurança.
Enquanto o diretor faz um balanço positivo da entrega do nosso petróleo e gás, assumindo o papel de traidor de nossa soberania, comprometendo sua própria trajetória e de seu partido, o PC do B, o movimento se revitaliza para defender a soberania nacional. Foram dias de luta heróica:
Dia 18/11, terça, por volta das 13h, integrantes do comitê Rio do Fórum contra a Privatização do Petróleo e Gás ocuparam por alguns minutos o saguão do Guanabara Palace. No luxuoso hotel da Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio, acontecia o Seminário "Pré-Sal - desafios e oportunidades", em que empresários debatiam os lucros que virão a ter com a exploração do pré-sal. Detalhe: a inscrição custava a bagatela de R$ 1.970,00.
Dia 15/12, o Ministério de Minas e Energia em Brasília foi ocupado pelos integrantes da campanha "O Petróleo tem que ser nosso!"
Dia 16/12, os petroleiros fizeram uma greve de protesto em várias unidades da Petrobrás no Brasil.
Dia 17/12, a sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, foi ocupada por muitos militantes que ali expressaram o repúdio à 10ª rodada de leilão do petróleo e gás brasileiros e exigiam o cancelamento desse processo.
Diante da apresentação de uma Liminar da Justiça Estadual, acionada
pela Petrobrás, os manifestantes retiraram-se em ordem, após a realização de uma assembléia. Cantando o hino nacional brasileiro, prosseguiram com a manifestação diante da Petrobrás.
Dia 18, pela manhã, houve nova manifestação contra os leilões, desta
vez, diante da Agência Nacional do Petróleo – ANP, no centro do Rio.
Para surpresa de toda a Polícia Militar e a Guarda Municipal, por ordem da ANP, atuaram de forma extremamente violenta para dissolver a manifestação. O uso de cassetetes, gases e todo o aparato repressivo resultou em um número expressivo de feridos, alguns com alta gravidade.
Nesse mesmo período faixas gigantes com nossa palavra de ordem ("O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!") foram colocadas em locais de grande visibilidade no Rio de Janeiro, como no Morro do Pão de Açúcar, Arcos da Lapa, Linha vermelha etc. Pela primeira vez fizemos atos em vários estados da federação e com grande repercussão na mídia. Talvez, por isso, esteja havendo essa repressão, que além de física (camburão, prisões, algemas, fianças), inclui várias ações outras de crimilização do movimento. Os apoios de entidades importantes que recebemos e que continuamos a receber reafirma em nós a certeza de que estamos no caminho certo. Vamos rechaçar cada ataque recebido. Processar os agressores, cobrar devidas indenizações pelas extrapolações da lei e
das agressões físicas e denunciar todos aqueles que tramam contra a
soberania nacional. Não vamos ficar só na defensiva. Estamos nos preparando para a grande batalha em defesa da soberania nacional e
garantir que O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!
Fonte: www.apn.org.br
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