Amazônia perdeu 17% de floresta, diz Pnuma
18/02/2009
Relatório de agência da ONU é o primeiro a abranger a situação nos oito países amazônicos desde 1975; documento menciona ações governamentais e civis para combater desmatamento.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, sugere que a Amazônia perdeu 17% de mata nas últimas três décadas.
O estudo, lançado nesta quarta-feira em Nairóbi, no Quênia, revela que o tamanho da perda equivale a 94% do território da Venezuela.
Causas
Cerca de 150 especialistas participaram da produção do "Panorama Meio Ambiente na Amazônia: GEO Amazônia".
É a primeira vez que a pesquisa abrange os oito países da região incluindo o Brasil.
O diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, disse à Rádio ONU, antes da divulgação do relatório, que é importante discutir as causas do desmatamento com os setores público e privado.
"Os dados mais importantes são que o sistema da Amazônia continua numa situação de degradação. Mas em todos os países, incluindo o Brasil, existem programas por parte do governo e da sociedade civil que nos dão idéias para a solução deste problema", afirmou.
Moradores
Nesta entrevista exclusiva à Rádio ONU, de São Paulo, o governador do estado do Amazonas, Eduardo Braga, afirmou que seu governo tem priorizado o desenvolvimento sustentável com os moradores da região.
"O homem e a mulher que vive na floresta possa ser o principal beneficiário desta política de valorização da floreste em pé. Com isso, criamos o Bolsa Floresta, um programa de sustentabilidade chamado Zona Franca Verde. E ao mesmo tempo, começamos a fazer investimentos de 0,5% do PIB do estado do Amazonas em ciência e tecnologia. Resultado disso: seis anos depois, o Amazonas teve uma redução no seu desmatamento da ordem de 70%", afirmou.
Ação Coordenada
O relatório do Pnuma recomenda uma ação coordenada de todos os países amazônicos para ajudar a região a enfrentar os desafios de manutenção da floresta.
Segundo o documento, nos últimos 30 anos, o número de estradas na Amazônia brasileira foi multiplicado por 10, o que levou a maior concentração de pessoas.
O relatório afirma que os governos da região têm feito esforços concretos para combater o problema, e diz que o aquecimento global está aumentando a pressão sobre os ecossistemas da floresta.
Fonte: ONU Brasil
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