quarta-feira, 30 de abril de 2008

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III Conferência Nacional do Meio Ambiente debate mudanças do clima

30/4/2008

O Brasil sai na frente ao levar o tema para discussão com a sociedade
O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e de 55 entidades representativas da sociedade civil, realiza um debate inédito sobre mudanças do clima. De 7 a 10 de maio, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, será realizada a III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA). É a primeira vez que um país realiza um processo participativo com todos os setores da sociedade para discutir o tema, que é destaque no cenário internacional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, farão a abertura oficial da Conferência às 19h do dia 7. A III CNMA reunirá cerca de duas mil pessoas, entre delegados de todos os estados e convidados de 40 países.
Na avaliação da ministra Marina Silva, "o ministério deu mais um passo importante na construção da cidadania brasileira ao combinar o processo da Conferência Nacional do Meio Ambiente com o enfrentamento das mudanças globais do clima". As propostas aprovadas durante a Conferência serão entregues ao Comitê Interministerial de Mudança do Clima e ajudarão na formulação da Política e do Plano Nacional sobre Mudança do Clima.
De acordo com Marina, o Brasil "no contexto internacional é um país especial. De um lado, sua matriz energética é das mais avançadas pela forte participação de 44% das fontes renováveis no suprimento de eletricidade e combustíveis líquidos. Quase 90% da eletricidade consumida é produzida em hidroelétricas, e quase metade do combustível dos automóveis é etanol da cana de açúcar. O Programa Nacional do Biodiesel, iniciado no governo do presidente Lula, também reproduz o sucesso do etanol, tendo já consolidado a meta de 2% de óleos vegetais no diesel automotivo".
Sobre o desmatamento, a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa no País, a ministra destaca a redução de quase 60% nas taxas anuais de desmatamento da Amazônia, resultado de uma forte ação governamental nos últimos quatro anos. Tais medidas não reduziram a geração de riquezas e os benefícios na região, mas preservaram um capital físico em recursos florestais, genéticos, culturais e humanos .O que certamente beneficiará as futuras gerações de brasileiros.
Processo participativo - A Conferência Nacional é precedida por conferências locais (municipais, regionais, estaduais e do Distrito Federal), que garantem que o debate chegue a um número maior de pessoas. Concluída em abril, essa etapa mobilizou mais de 100 mil pessoas. Foram 751 conferências, sendo 566 municipais, 153 regionais, 26 estaduais e uma distrital, além de cinco seminários regionais/distritais.
Nesses fóruns, foram eleitos mais de mil delegados que participarão da plenária nacional, que respeitam os seguintes critérios: da sociedade civil, 50% ? sendo 5% de comunidades tradicionais e 5% de povos indígenas; do setor empresarial, 30%; e do setor governamental, 20%.
A III CNMA recebeu mais de 5.000 mil propostas das Conferências Estaduais que envolvem áreas como aquecimento global, exploração predatória dos ativos florestais, preservação da biodiversidade agropecuária, energia, resíduos, indústria, transporte, saúde, recursos hídricos, assentamentos humanos, ecossistemas naturais, desenvolvimento tecnológico, entre outros. As proposições são sistematizadas, isto é, agrupadas por semelhança de conteúdo, para facilitar os debates na plenária nacional.
Prestação de Contas: O Ministério do Meio Ambiente (MMA) acaba de realizar um balanço sobre o cumprimento das deliberações da II Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), realizada em 2005. Mais de 300, de competência do ministério, ou seja, mais de 85% das decisões da plenária foram cumpridas ou estão em implementação. Entre as ações, projetos para a revitalização do Rio São Francisco e a ampliação do sistema de vigilância do desmatamento para outros biomas, além do Amazônico, em elaboração pelo MMA.O trabalho de levantamento das ações para disponibilização do público envolveu toda a pasta e o resultado pode ser acompanhado no site da Conferência (www.mma.gov.br/conferencianacional). As deliberações estão dividas por temas: Biodiversidade e Florestas, Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos, Águas e Recursos Hídricos, Elementos de uma Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável e Fortalecimento do Sisnama e Controle Social. A partir do tema é possível selecionar o subtema e a competência.
A Conferência é um processo dinâmico e contínuo. O sistema de consulta às deliberações será alimentado e atualizado, com encaminhamentos pertinentes. Assim, a sociedade poderá se apropriar dessas informações, fortalecendo o papel fundamental da Conferência na formulação de políticas públicas para o meio ambiente e como instrumento de participação e controle social.
Confira algumas ações implementadas:
· Implantação do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Municipais em mais de 10 estados, com assinatura de convênios com 12 estados, envolvendo repasse de recursos da ordem de quatro milhões de reais, capacitando seis mil gestores em 160 municípios.
· Fortalecimento do Fundo Nacional de Meio Ambiente:Assinatura de 401 novos convênios e 61 Memorandos de Entendimento com instituições públicas e privadas sem fins lucrativos, resultando em investimentos da ordem de mais de 114 milhões de reais em projetos.
· Medidas adotadas para o controle de desmatamento da Amazônia: Realização de 17 grandes operações conjuntas entre Ibama e Polícia Federal que resultaram na prisão de 650 pessoas; desconstituição de cerca de 1.500 empresas; apreensão de cerca de um milhão de m3 de madeira em toras. Essas ações contribuíram para a queda de 20% do desmatamento em relação a 2005-2006. A criação de um Grupo de Trabalho, para a responsabilização ambiental, que trabalhará inicialmente com os 150 maiores casos de desmatamentos de 2007, visando a responsabilizar criminal, administrativa e civilmente em curto prazo, também faz parte da intensificação do Plano de Combate ao Desmatamento.
· Lançamento do Programa Nacional de Formação de Educadores Ambientais (ProFEA), articulado em mais de mil instituições agrupadas em 150 Coletivos Educadores no território brasileiro.
· O Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural (Proambiente), entre 2004 e 2005, implantou 11 Pólos Pioneiros que envolveram 5.500 famílias de produtores rurais.
· Criação e implantação da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, que hoje congrega cerca de 200 processos de 14 estados para troca de experiências e incentivo a novas agendas. Sua dinâmica envolve encontros estaduais, regionais e nacional.
· Execução, no rio São Francisco, do Programa de Revitalização de Bacias. Um balanço revela que estão em curso obras de esgotamento sanitário em 164 municípios, 147 projetos de controle de processos erosivos em 28 sub-bacias e a instalação de 546 estações de monitoramento de água. Para a recuperação de áreas degradadas, foram produzidas 60 mil mudas de plantas nativas somente neste ano e 500 produtores capacitados para proteção, manejo e recuperação florestal.
· Apoio à criação e ao fortalecimento da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais. A Rede foi criada em 2006 a partir da parceria MMA e Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS). Para sua construção, foram realizados encontros em todas as regiões e um encontro nacional, em Brasília, que reuniu representantes de 67 processos de agendas 21 Locais e 153 participantes de todas as regiões do Brasil. Para a sua implementação, foram realizados dois encontros regionais e 14 estaduais. Atualmente, a Rede congrega cerca de 200 processos para troca de experiências e incentivo a novas agendas.

Assessoria de Imprensa III CNMA
Christiane Telles (61) 8137-6832
Cimar Moreira (61) 9161-5871
Suzane Durães (61) 9982-6047

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sábado, 26 de abril de 2008

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CONAMA aprova Resolução sobre poluição por óleo ou substâncias nocivas que tenham impacto sobre o meio ambiente

Por Daniela Mendes, do MMA

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou, nesta quinta-feira (24/4), durante sua 51ª reunião extraordinária, em Fortaleza, resolução que trata do conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo ou substâncias nocivas que tenham impacto sobre o meio ambiente em águas sob jurisdição nacional. A resolução atinge portos, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos, entre outros.

De acordo com a técnica especializada da Secretaria de Mudanças Climáticas e Ambiente Urbano do MMA, Lorenza da Silva, essa resolução substitui a de nº 293/2001. "O que ela traz de novo é que amplia as tipologias, os segmentos contemplados pelo plano e traz algumas modificações quanto a gestão como o Plano de Emergência Individual Simplificado", explicou.

O Conama também aprovou moção que solicita ao Supremo Tribunal Federal que julgue com urgência a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ATPF) nº 101, que pede a suspensão definitiva de liminares de importações de pneus usados, para que o Brasil possa cumprir integralmente as determinações do painel da Organização Mundial de Comércio (OMC) e assegurar a eficácia das normas que proíbem a importação de pneus usados.

Na abertura da reunião, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará foi contemplada com a comenda ambientalista Joaquim Feitosa. O prêmio, que está na sua 4ª edição, leva o nome de um ativista cearense que se destacou na defesa da Caatinga.

A 51ª reunião extraordinária do Conama foi realizada no hotel Vila Galé, em Fortaleza, com o apoio do governo do Estado do Ceará.

Fonte: Rede 3Setor

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sexta-feira, 25 de abril de 2008

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Movimento Nacional em Defesa da Amazônia será lançado na ABI, na próxima segunda, 28

O Movimento Nacional em Defesa da Amazônia será lançado oficialmente na próxima segunda-feira, 28 de abril, com um ato público, a partir das 17 horas, na Associação Brasileira de Imprensa - ABI. Por iniciativa do Modecon - Movimento em Defesa da Economia Nacional, um expressivo número de entidades e cidadãos brasileiros já vem se reunindo desde janeiro, preocupados com o destino da Amazônia e a exploração predatória de suas riquezas.

Segundo o vice-presidente do Modecon, o engenheiro Ricardo Maranhão, "o local e a data são simbólicos. A ABI é a Casa da Imprensa Brasileira. Seu auditório foi cenário de grandes movimentos cívicos, como a campanha do petróleo, a luta pelas liberdades democráticas, as "diretas já" e outros. Abril é o mês no qual a Nação Brasileira homenageia Tiradentes".

Ele aponta uma série de "atos e circunstâncias compõem um quadro inquietante de ameaças sobre a Amazônia. Este quadro requer a união e a resistência organizada de todos os segmentos da sociedade brasileira, para evitar a perda, para estrangeiros, desta enorme parcela do nosso território" - argumenta.

As ameaças enumeradas pelo engenheiro seriam, dentre outroas: o desmatamento, criminoso e irresponsável; a biopirataria, saqueando o nosso riquíssimo patrimônio genético; a intensa atuação clandestina (ou ostensiva) de ONG(s) estrangeiras, que agem livremente, sem qualquer controle governamental, explorando populações ribeirinhas, sonegando impostos, promovendo grilagem de terras, iludindo populações indígenas; a hidropirataria; o contrabando e o narcotráfico; o enfraquecimento das Forças Armadas, conseqüência do corte dos recursos orçamentários, dificultando o cumprimento da sua missão constitucional e a sua atuação na região, sobretudo nas faixas de fronteiras; a lei de gestão de florestas públicas.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias - www.apn.org.br


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O FNMA e a Sociedade Civil‏

O Fundo Nacional de Meio Ambiente passa por momento complexo e ao mesmo tempo crítico, com mudanças significativas por vir que, por ainda não estarem claras, deixam a Sociedade Civil sem amparo e submetida a uma burocracia que sempre entende que as ONGs estão malversando recursos públicos em detrimento da Lei que cria o FNMA que diz que a PNMA deverá ser executada por ONGs dentre outros atores.

Enquanto isso, centenas de ONGs sofrem com seus repasses atrasados, incapacidade de tocar recursos repassados por falta de resposta do FNMA, exigências descabidas muitas vezes acima da lei, falta de informação por parte da burocracia, mau atendimento, inexistência de capacitação para gerir recursos públicos e projetos "em fase de análise" por meses e, talvez, anos gerando custos de toda ordem para as Instituições pleiteantes.

Neste mesmo processo , como todos viram em diversas listas, atualmente, há um embate político entre a representação da Sociedade Civil no Conselho Deliberativo e a Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente.

Assim, estamos solicitando que todas as ONGs e Instituições que possuam projetos no FNMA, sejam eles encaminhados e ainda não aprovados, aprovados e sem liberação de recursos, parcelas atrasadas ou pendências de qualquer ordem, enviem esses dados para as representações da Sociedade Civil da sua região/área de atuação:

Região Norte - ivaneide@kaninde.org.br

Região Nordeste - aspan@aspan.org.br

Região Centro-Oeste - ida@ida.org.br

Região Sudeste -franklin@grude.org.br

Região Sul - gbond_buckup@yahoo.com.br

FBOMS - cintia.barenho@gmail.com

SPBC - msreis@cca.ufsc.br "

Franklin Mattos
GRUDE-RJ
Conselheiro Titular FNMA
Região Sudeste

Fonte: Rede 3Setor

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Canal Saúde debate a relação entre determinantes sociais da saúde, degradação do meio ambiente e a epidemia de dengue

Presença de Paulo Buss (Fiocruz), Oscar Berro (SMS/Duque de Caxias-RJ), André Trigueiro (PUC/RJ) e Vicente Loureiro (Governo do Estado/RJ)

O Sala de Convidados, do Canal Saúde/Fiocruz, convida você para debater ao vivo, de maneira ampliada, a epidemia de dengue. Crescimento desordenado dos grandes centros urbanos, degradação ambiental, falta de saneamento básico. Como esses e outros fatores podem interferir na epidemia de dengue, que se espalha pelo país. O programa vai ao ar na próxima segunda-feira (dia 28), das 12h05 às 14h. Acesse
www.canalsaude.
fiocruz.br e participe na sala de bate-papo ou assista pela parabólica e ligue 0800-701-8122.

O Rio de Janeiro repete a história de 100 anos atrás, onde graves problemas sociais, decorrentes, em larga medida, de seu crescimento rápido e desordenado serviram de combustível para eclosão de graves epidemias? A febre amarela será a próxima? A partir da lógica do Sistema Único de Saúde (SUS), de gestão compartilhada, quem deve ser responsável por monitorar essas possíveis epidemias? E as autoridades, o que estão fazendo para prevenir novos casos? Recentemente, o Ministério da Saúde deu o alerta: "No ano que vem, 16 estados brasileiros correm o risco de enfrentar uma epidemia de dengue". No Rio de Janeiro, até o último dia 18, foram registrados mais de 90 mil casos, com 87 mortes confirmadas.

Convidados - para debater o tema, o Sala de Convidados vai contar com a presença: do presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Buss; do professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, André Trigueiro; do secretário de Saúde de Duque de Caxias, Oscar Berro; e do subsecretário de Estado de Projetos de Urbanismo, Vicente Loureiro. Participe. Dê a sua opinião.

Como participar - assista na WEB ou pela TV. Na internet, acesse , clique na telinha com a inscrição "ao vivo" e participe a partir do chat associado à transmissão. No caso da televisão, é necessária uma antena parabólica conectada ao aparelho. O programa será veiculado na freqüência do Canal Saúde (polarização horizontal 3.930 Ghz ou 1.220 Mhz). Perguntas e comentários podem ser feitos por telefone (0800-7018122 - ligação gratuita). Para aqueles com acesso via conexão discada, há o recurso de áudio independente da imagem. O Sala de Convidados é apresentado por Arlindo Fábio Gómez de Sousa e Renato Farias.

Assessoria de Comunicação - Canal Saúde/Fiocruz

Marcelo de Castro Neves
(21) 2598-2703 / 0800 701 8122 /
ascom@fiocruz.br

O Canal Saúde é um projeto permanente da Fundação Oswaldo Cruz - levando educação em saúde e cidadania para todo o Brasil

Fonte: Rede 3Setor


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Justiça determina que Petrobras republique edital com isenção de taxa

Decisão visa permitir inscrição gratuita de quem não tem condições de pagar taxa.
Determinação é da Justiça de Alagoas, mas tem âmbito nacional.
Do G1, em São Paulo

O juiz José Afrânio dos Santos Oliveira, da 7ª Vara Cível de Maceió, determinou que a Petrobras republique o edital do concurso, que prevê 2.611 vagas em 60 cargos de nível médio e superior, para permitir a inscrição gratuita dos candidatos que comprovarem não ter condições de arcar com a taxa. A decisão, apesar de ser da Justiça de Alagoas, tem âmbito nacional. A autora da ação civil pública é a Defensoria Pública do Estado de Alagoas.

De acordo com a decisão, a empresa tem livre escolha para fixar os critérios que contemplem a isenção. Caso a decisão não seja cumprida, a Petrobras terá de pagar uma multa de R$ 10 mil.

O juiz determinou ainda que as inscrições sejam prorrogadas, oferecendo ampla divulgação dos critérios de isenção das taxas de inscrição.

Na decisão, o juiz sugere como critérios para configuração da hipossuficiência a apresentação pelo candidato de declaração de isenção de imposto de renda ou da isenção de quem seja o candidato dependente; a declaração de desempregado ou comprovação de renda de até três salários mínimos; a comprovação de que o candidato concluiu o ensino médio em escola pública ou outros critérios razoáveis a juízo da administração pública.

A Petrobras informou que a unidade da Petrobras em Alagoas ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão. A empresa só vai se pronunciar após a notificação oficial. A decisão é em primeira instância e, portanto, a empresa pode recorrer da decisão.

Fonte: G1

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

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Cosan 'bate' Petrobras e compra a Esso no Brasil

Operação foi fechada por US$ 826 milhões.
O grupo Ultra também tinha interesse no negócio.

Do G1, com informações da Agência Estado

A Cosan S.A. anunciou nesta quinta-feira (24) a compra da Esso Brasileira de Petróleo Ltda. e suas afiliadas por US$ 826 milhões. A operação, fechada com a ExxonMobil International Holdings, inclui ainda dívidas de US$ 163 milhões e US$ 35 milhões em créditos com partes relacionadas existentes ao final de 2007.

A Petrobras manifestou publicamente que estava na disputa pelos ativos da Esso no Brasil. O grupo Ultra também tinha interesse no negócio.

"A aquisição garantirá à Cosan uma posição de liderança nos crescentes mercados de etanol e de distribuição de combustíveis no Brasil, permitindo à empresa aumentar o seu portfólio com produtos compatíveis com seus ativos produtivos e logísticos", informou a empresa, acrescentando que a operação assegura um canal de distribuição para o etanol no momento em que o volume comercializado do combustível começa a superar o de gasolina no Brasil.

A Cosan firmou contrato de longo prazo relativo ao direito de uso da marca Esso no Brasil. A empresa espera sinergias nas áreas de logística e na otimização da gestão de estoques, mas não mencionou o valor das economias que almeja obter.

Recursos

De acordo com fato relevante da Cosan, a transação não está condicionada a obtenção de financiamentos. "A Cosan, entretanto, buscará custear a aquisição de forma a otimizar sua estrutura de capital. Sendo assim, a Cosan pretende utilizar os US$ 310 milhões em recursos adicionais oriundos da participação de acionistas minoritários no aumento de capital por subscrição privada concluída em janeiro de 2008, e possivelmente financiar o restante", afirmou a companhia.

Segundo a Cosan, dessa maneira os recursos provenientes da abertura de capital da Cosan Limited serão preservados para o desenvolvimento das atividades de etanol, açúcar e co-geração de energia.

Haverá um período de transição para assegurar a continuidade do negócio, incluindo a migração dos serviços compartilhados fornecidos pela ExxonMobil a partir de outros países e da plataforma de tecnologia de informação para um ambiente exclusivo e segregado na operação do Brasil. "Esse período também permitirá à Cosan escolher o melhor momento para acessar os mercados de capitais nacionais e internacionais de forma a otimizar sua estrutura de capital e proteger o interesse de seus acionistas", informou a companhia.

As operações da adquiridas pela Cosan contemplam as atividades de distribuição de combustíveis da Esso no mercado de varejo e no atacado, bem como o fornecimento de combustível às companhias de aviação. No final do ano havia mais de 1.500 postos de serviços operando sob a marca Esso em 20 Estados brasileiros. Segundo a Cosan, trata-se do quinto maior varejista de combustíveis do Brasil no segmento de postos de serviços, com cerca de 7,2% de participação no mercado total de distribuição de combustíveis.

O contrato entre a Cosan e a ExxonMobil International Holdings está sujeito a determinadas condições precedentes, usuais para operações desta natureza, e será concluído ao final do período de transição.

Operações da Esso

Segundo a Cosan, em 31 de dezembro de 2007 havia mais de 1.500 postos de serviços operando sob a marca Esso em 20 estados brasileiros. Trata-se do 5º maior varejista de combustíveis do Brasil no segmento de postos de serviços, detendo aproximadamente 7,2% de participação no mercado total de distribuição de combustíveis dentre os integrantes do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom).

A localização da rede de postos Esso, concentrada nas principais cidades do país, com forte presença nas regiões Sul e Sudeste, resulta em uma participação de mercado ainda mais expressiva na distribuição de gasolina e etanol, de 9,7% e 9,0% respectivamente, dentre os integrantes do Sindicom, de acordo com dados de 2007.

Fonte: G1 – Economia e Negócios

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Lugar de bicho é no cinema


24/4/2008

O próximo dia 28 de abril promete reunir uma fauna variada no Rio de Janeiro: empresários, artistas, intelectuais, jornalistas, ambientalistas e outros “bichos” irão se encontrar no Cine Odeon, no Rio de Janeiro, para assistir a pré-estréia do documentário O Brasil é O Bicho!

O documentário O Brasil É O Bicho! leva o telespectador para uma fascinante viagem a um país desconhecido e selvagem. O roteirista e apresentador Dener Giovanini - um dos mais reconhecidos ambientalistas brasileiros – é o guia nessa aventura, que tem como principal estrela a nossa fauna silvestre. A relação entre o ser humano e os animais é mostrada através do olhar da cultura popular – com suas lendas e mitos - e da dedicação dos maiores pesquisadores brasileiros, que se esforçam para desvendar muitos dos mistérios que envolvem algumas espécies ainda pouco conhecidas da ciência. Além de curiosidades sobre os nossos bichos, o filme apresenta – de maneira oportuna e quase praticamente visionária em tempos de epidemias de dengue e febre amarela – as conseqüências nefastas da relação do homem com a biodiversidade. O documentário também é pioneiro em acessibilidade para deficientes visuais e auditivos, contendo as modernas tecnologias de Audiodescrição e de Close Caption.

Durante três meses, a equipe do documentário viajou pelo país para registrar uma relação ao mesmo tempo forte e delicada: a interação entre o ser humano e a fauna silvestre. Lendas, mitos, crendices religiosas e até mesmo conceitos como sorte ou mau agouro interferem diretamente na sobrevivência de muitas espécies e, é claro, também contribuem para gerar um rico folclore, recheado de muita criatividade. O Brasil é uma nação que possui uma das mais belas e ricas biodiversidades do planeta e que está presente em nosso dia-a-dia muito mais do que se imagina. E ela se revela em sua plenitude nas cores, formas e hábitos da nossa fauna silvestre. O Brasil É O Bicho! é um filme que surpreende exatamente porque mostra o óbvio escondido: que às vezes somos estrangeiros dentro do nosso próprio país, desconhecendo ou ignorando aquilo que de mais rico e singular possuímos: a diversidade da nossa vida selvagem.

Com roteiro e apresentação do ambientalista Dener Giovanini, que em 2007 apresentou uma série homônima no programa Fantástico da TV Globo, o documentário, com uma hora de duração, apresenta ainda um Brasil que pode sucumbir economicamente às novas pestes que vem das florestas e que estão se disseminando rapidamente nos centros urbanos, como a febre amarela e a dengue, entre outras.

Dener Giovanini

Dener Giovanini é o ambientalista brasileiro de maior renome internacional, reconhecido como Empreendedor Social Notável pelas três maiores organizações de empreendedorismo do mundo: ASHOKA, AVINA e SCHWAB Foundation.

Em 2003 recebeu do Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, a maior distinção mundial na área ambiental, prêmio que só outro brasileiro havia recebido anteriormente: Chico Mendes.

Dener Giovanini também atua na iniciativa privada através da DGCA, empresa especializada na produção audiovisual e projetos coorporativos em comunicação ambiental. Em 2007, produziu e apresentou o quadro O Brasil É O Bicho, no Programa Fantástico, da TV Globo. Também assinou o roteiro do Documentário O Bicho Dá. O Bicho Toma! sobre o tráfico de animais silvestres no Brasil. Formado em Letras, atualmente cursa jornalismo e produz roteiros para o cinema e televisão, além de dirigir documentários.

Mais informações para a imprensa com Ivone Kassu ou Leandro Gomes pelos telefones (21) 2522-6581 / 9628-7718

Fonte: Portal do Meio Ambiente / Leandro Gomes - Kassu Produções.

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quarta-feira, 23 de abril de 2008

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Laguna de Piratininga revitalizada, finalmente.

Por Gerhard Sardo*


Dia 24 de abril de 2008 será inaugurada pelo governador Sergio Cabral a fase preliminar das obras de revitalização do sistema lagunar de Piratininga, concluindo iniciativa que partiu da mobilização da sociedade civil organizada de Niterói ainda em meados de 2003, quando encaminhou ao então deputado federal Moreira Franco pedido de viabilidade econômica do projeto, que obteve recursos da Agência Nacional de Águas - ANA num montante de 2 milhões de reais. Naquela oportunidade também, representantes da Assembléia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente protestaram em frente a sede do IBAMA, na Praça XV, no Rio de Janeiro, e conseguiram o apoio de 5.000 signatários niteroienses em abaixo-assinado que foi entregue em mãos da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, DF, em favor da proposta de recuperação ambiental da laguna.

Logo, por força dos agentes políticos regionais, também o Governo estadual garantiu o repasse de 900 mil reais para complementar o projeto inicial, forçando a Superintendência Estadual de Rios e Lagoas - SERLA assumir a responsabilidade da execução das obras.

Depois de quase cinco anos, a iniciativa governamental, que chegou a ficar paralisada inúmeras vezes por erros técnicos e de cálculo e por falta de recursos, finalmente tem concluída sua primeira fase do projeto, que parece ganhar forma com a abertura do túnel subterrâneo entre o mar e a laguna.

Contudo, espera-se agora, que após o ato festivo, as autoridades públicas municipais e estaduais estabeleçam novos e emergenciais prazos para a conclusão de todo o projeto de revitalização do sistema lagunar de Piratininga, garantindo a construção das comportas, dragagem das áreas assoreadas, remanejamento das invasões no interior do espelho d'água, suspensão dos despejos de esgoto in natura junto aos rios contribuintes e margens da laguna, reflorestamento das encostas da bacia hidrográfica da região, restauração do traçado original da ciclovia no entorno e sinalização das áreas de preservação permanente.

*Gerhard Sardo é jornalista, analista ambiental, coordenador regional da Assembléia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente e conselheiro estadual e municipal do Meio Ambiente.

Site: www.gerhardsardo.com.br

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terça-feira, 22 de abril de 2008

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Brasil - Pra quê Sisnama, Conama, Ibama...???

Ana Candida Echevenguá *

Adital - No Brasil, urge a necessidade de promoção do diálogo social e político para reduzir o total desconhecimento que impera na sociedade brasileira sobre os direitos e deveres de cada um, em especial, sobre o acesso e o uso dos nossos recursos naturais. Em 1981, para tratar da Política Nacional do Meio Ambiente, foi editada a Lei 6.938. Com esta, veio o SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente. Após adaptações da Lei 7.804/1989, surgiram o Cadastro de Defesa Ambiental e o Cadastro de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, para registro das pessoas que exercem atividades potencialmente poluidoras e perigosas ao meio ambiente.
Perceberam que, nessa época, nossos representantes governamentais estavam preocupados com o meio ambiente? Os objetivos da Lei 6.938 deixam isso bem claro: "preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana".
Olhem só o que 6.938 diz: a qualidade ambiental propícia à vida está diretamente relacionada à segurança nacional!!!
A referida Lei, ao regrar princípios para atingir seus objetivos, exige ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico; e que o meio ambiente - que ela trata como patrimônio público - deve ser "necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo". Fala até em "acompanhamento do estado da qualidade ambiental".
Gente, a Lei é tão boa que impôs ao poluidor e ao predador, a "obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, a contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos".
E impôs ao Sisnama a responsabilidade pela proteção e melhoria da qualidade ambiental. Mais, previu o Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente -, um órgão consultivo e deliberativo para cuidar das "diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais"; e "deliberar (...) sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida".

Conama
Devido à sua importância, o Conama ganhou capítulo especial na Lei 6.938. E adquiriu o direito de criar normas e padrões nacionais de controle da poluição e de manutenção da qualidade do meio ambiente; devendo agir sempre de olho no uso racional dos recursos ambientais.
Com o advento da Lei 8.028/1990, o Conama passou a integrar a Secretaria do Meio Ambiente, criada para "planejar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades relativas à Política Nacional do Meio Ambiente e à preservação, conservação e uso racional dos recursos naturais renováveis".
Quase esqueci: o Conama "é um colegiado representativo de cinco setores, a saber: órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade civil" - http://www.mma.gov.br/port/CONAMA/estr.cfm. Ou seja, é obrigatória a participação de uma parcela (ínfima) da sociedade civil. Com direito à voz e voto. Embora seja voto vencido sempre, à sociedade é garantido o direito de votar. Esta benesse, no Brasil de hoje, é sinônimo clássico de democracia, de participação popular no processo democrático de defesa e proteção socioambiental.
Puxa, lendo todas essas regras, é crível que o Brasil tenha a melhor legislação ambiental do mundo.
Acautelem-se, no entanto! Essa legislação não atinge aqueles objetivos da política nacional de meio ambiente.
Hoje, o Conama não passa de um balcão de negócios que viabiliza a flexibilização das regras ambientais. Melhor dizendo, ele é uma ferramenta para legalizar crimes ambientais.
Viram como o verbo flexibilizar está em voga? Foi eleito - pelos intelectuais de plantão no governo - porque não remete nosso pensamento à verdadeira ação que nele está embutida.
Como isso é possível?
Simples. O Conama cria regras inconstitucionais e ilegais ao bel-prazer do ‘setor empresarial’, com a conivência dos ‘órgãos federais, estaduais e municipais’ que integram o atual Governo. Atualmente, a regra do jogo é essa: "vamos legalizar tal postura reiterada para acabar com o transtorno dos atores deste setor". E qual a forma melhor? Através das deliberações dos integrantes do Sisnama, dos Conselhos, dos Colegiados, do Conama...
Mas como o CONAMA, cujo compromisso institucional é praticizar a política nacional do meio ambiente, pode flexibilizar (destruir) a legislação ambiental? Ora, através de um ato administrativo chamado de Resolução, editada para "tratar de deliberação vinculada a diretrizes e normas técnicas, critérios e padrões relativos à proteção ambiental e ao uso sustentável dos recursos ambientais" - http://www.mma.gov.br/port/CONAMA/estr.cfm
O que é isso exatamente? Vulgarmente falando, é uma "lei" feita pelo Conama.
Alguém deve esta pensando: ‘não é assim, Ana!’. Eu digo: claro que é! Querem uma prova? Leiam as "Resoluções dos pets". A Conma 384/2006, que "estabelece a concessão de depósito doméstico de animais silvestres apreendidos". E a Resolução Conama 394/2007, que trata dos critérios de criação e comercialização das espécies silvestres. Trocando em miúdos, elas permitem a compra e venda de animais silvestres como se eles fossem pets, bichinhos de estimação...
Não precisa ser doutor em Direito para entender que são Resoluções inconstitucionais e ilegais. Mas foram aprovadas e fazem parte do mundo jurídico. Graças ao sempre voto vencido da ‘sociedade civil’ que legitima as inconstitucionalidades e/ou ilegalidades reiteradas dos Colegiados.
Visando à "democracia brasileira", o Ibama, dando continuidade à implantação das "Resoluções dos pets", ouviu a sociedade civil sobre a lista das espécies silvestres comercializáveis, através de uma tal de "consulta popular". Segundo Carlos Bocuhy, do PROAM, nesta lista consta inclusive espécie de ave que está sob risco de extinção, a Guarouba guarouba (Ararajuba).
Resumindo:
No caso específico da "Resolução dos pets", este processo espúrio, pseudo-democrático - que vai da confecção de uma lei à oitiva da sociedade para aperfeiçoar esta lei -, autoriza a legalização do tráfico e comércio de animais silvestres. Negócio altamente lucrativo. Este crime ambiental - é a terceira atividade ilícita mais rentável do mundo. Em 2005, apuraram que o tráfico mundial de fauna e flora movimenta, por ano, cerca de R$ 90 bilhões no mundo (no Brasil, o tráfico de animais perde apenas para o tráfico de drogas e o de armas). E que a negociata ilegal dos produtos brasileiros rende mais de R$ 27 bilhões ao ano. Tais números devem ser maiores em 2008.
E, agora? Alguém consegue afirmar que o Conama cumpre a sua função institucional? Eu acho que não. Aquilo lá é um circo. E um circo que é custeado com o dinheiro do nosso bolso. Alguém já parou pra pensar qual a despesa mensal do Conama? Quantos cabides de emprego há ali? Quanto se gasta em cada reunião (com pessoal, papel, energia, transporte e alimentação dos representantes,...)? E, principalmente, qual a finalidade primordial de tudo isso? A primeira que eu vejo é: destruir a legislação ambiental vigente.
Por isso, na minha opinião, esses malditos Colegiados - pseudodemocráticos e declaradamente ilegais - devem ser extintos. Precisamos repensar a necessidade da existência deles. Enxergar o que fazem; e dar a maior publicidade internacional possível à ilegalidade dos seus atos.
Caso contrário, como disse o grande ambientalista Álvaro De Angelis, "a coisa vai ser liberada. A política do meio ambiente já foi entregue nas mãos dos piores interesses. E creio que sem volta, se depender da sensibilização do governo".
Esta Política do Entreguismo, da qual falou o meu amigo Álvaro, é ratificada pelo historiador Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos. Conhecido por gerar polêmicas e dezenas de inimigos, ele disse à Revista Veja que o Brasil "se esquiva de defender os interesses nacionais na América Latina. Teima sempre em chegar a um acordo e, como não consegue, acaba cedendo aos vizinhos". E que, se "Lula tivesse sido presidente na República Velha, o Acre seria hoje dos bolivianos e Santa Catarina, dos argentinos" - http://veja.abril.com.br/160408/entrevista.shtml.

ana@ecoeacao.com.br
* Advogada ambientalista. Coordenadora do Programa Eco&ação

Fonte: Rede 3Setor

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Os biocombustíveis vão produzir escassez de alimentos?

Entrevista Ricardo Abramovay - Prof USP
G1.com.br
22/04/2008

Especialistas expõem opiniões divergentes em entrevistas ao G1.

Eles avaliam se o Brasil tem responsabilidade na anunciada crise mundial de alimentos.
Do G1, em São Paulo

Assunto
principal na agenda mundial das últimas semanas, a polêmica dos biocombustíveis e da crise mundial dos alimentos tem o Brasil no centro do debate. A principal questão é: o Brasil é ou não um vilão no cenário de escassez de alimentos? O G1 ouviu dois especialistas na área de agricultura com opiniões dissonantes sobre o tema.

Para o economista Ricardo Abramovay, professor da USP, ao estimular a pesquisa e a produção do etanol, o Brasil não contribui para a inflação dos preços dos alimentos no mundo. "Não há escassez ou ameaça ao aumento da produção agropecuária brasileira em virtude da expansão dos biocombustíveis", afirma.

Para o economista Sérgio Schlesinger, o Brasil tem responsabilidade direta na crise, e, se o atual cenário dos biocombustíveis se mantiver pela próxima década, o futuro estará comprometido. "O pior cenário é justamente continuar no caminho pelo qual as coisas estão indo."

Confira abaixo as duas entrevistas.

O Brasil não tem responsabilidade pelo aumento dos preços alimentares, não há escassez ou ameaça ao aumento da produção agropecuária brasileira em virtude da expansão dos biocombustíveis", afirma Ricardo Abramovay, professor titular do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP).

Pós-doutor pela Fondation Nationale des Sciences Politiques, de Paris, e membro titular do Conselho Científico da Maison des Sciences de l'Homme de Montpellier, ele avalia que, se há perdas causadas pelo cultivo de cana-de-açúcar em larga escala para a produção de biocombustíveis, elas são ambientais.

Em entrevista ao G1, Abramovay destacou a importância do desenvolvimento de novas tecnologias e de maneiras inteligentes de produzir os biocombustíveis e fez um alerta sobre a devastação do cerrado. Leia os principais trechos:

G1 - Qual é o papel do Brasil na crise dos alimentos? Ao incentivar a produção de biocombustíveis, o país contribui para a inflação mundial do preço dos alimentos?

Ricardo Abramovay - Não, não contribui. Existem duas fontes importantes de biocombustíveis no Brasil. A primeira, a que realmente tem peso em termos nacionais, é o etanol. O etanol é cultivado em uma superfície de 6 milhões ou 7 milhões de hectares, em um país cuja área de lavoura está em torno de 70 milhões de hectares. A segunda é o biodiesel feito de soja.

O Brasil não é responsável pelo aumento dos preços alimentares, não há escassez ou ameaça ao aumento da produção agropecuária brasileira em virtude da expansão dos biocombustíveis.

O que está acontecendo com os preços brasileiros é resultado do que ocorre com os preços alimentares mundiais, estes sim fortemente influenciados por opções tecnológicas - tanto dos EUA, quanto da Europa.

Se tudo der certo para o etanol brasileiro, o horizonte é de passar de 6 milhões, 7 milhões de hoje para 13 milhões de hectares em torno de 2020.

G1 - Isso não prejudica a agricultura?

Abramovay - Não. A ameaça dessa expansão não é ao abastecimento, mas sim ao meio ambiente. E não sobre a Amazônia. O problema é o cerrado, um bioma fundamental no equilíbrio, na oferta de água, nas bacias hidrográficas subterrâneas. É preciso planejar a ocupação do cerrado de maneira estratégica.

G1 - Como é a ocupação no cerrado?

Abramovay - No PAC, há a previsão de construção de um alcoolduto de 1.150 km, ligando estados de Goiás a São Paulo. Por aí, vão ser exportados 3,5 bilhões de litros por ano a partir de 2011, e este alcoolduto vai estimular a construção de 40 usinas na sua rota em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Cada uma dessas usinas são extensões contínuas de 20 mil, 40 mil hectares, num total de mais de um milhão de hectares de cultivo de substituição.

G1 - Mas, nesse cenário, já começa a ficar mais preocupante?

Abramovay - Do ponto de vista ambiental, sim. Não dá pra deixar de levar em conta que é uma cultura energeticamente eficiente. É uma cultura que apresenta um produto melhor que os de origem fóssil. Mas será que a reserva legal de 50% no cerrado está sendo respeitada?

O horizonte do setor é ampliar a produção da cana de açúcar das 425 milhões de toneladas em 2006 e 2007 para 727 milhões de toneladas entre 2007 e 2013, um aumento de 71%. A área não será aumentada proporcionalmente, porque há expectativa de aumento da produtividade.

Em compensação, em termos de condição de trabalho é uma tragédia. Mas essa tragédia será suprimida porque o setor, até 2014, em São Paulo, não vai ter mais colheita manual.

G1 - Se é problemática a expansão da cana porque ela invade o cerrado, por onde ela poderia crescer?

Abramovay - Ela poderá crescer no cerrado caso esse crescimento seja rigorosamente acompanhado do cumprimento das leis ambientais. Talvez não seja o caso de todo mundo virar produtor orgânico.

G1 - Qual o melhor e o pior cenário para a próxima década no que diz respeito ao meio ambiente?

Abramovay - O melhor cenário envolve o fim do motor de explosão e o início da produção massiva de transporte individual baseado em eletricidade, além da redução do uso do automóvel.

O pior cenário é que aquele em que essas inovações tecnológicas, por razões muito provavelmente ligadas a alguns interesses - é difícil analisar quem está a favor e está contra -, não sejam utilizadas.

G1 - Como o sr. Avalia a declaração de que os biocombustíveis são um crime contra a humanidade?

Abramovay - Há um exagero nisso. Dizer que é crime contra a humanidade me parece um pouco demagógico, assim como me parece ingênuo pedir que os EUA parem de usar milho e comecem a importar nosso etanol.

G1 - Dá para dizer qual é o causador da crise dos alimentos? Há um único fator para isso?

Abramovay - Há alguns fatores. O aumento da renda dos países emergentes é um deles. Em 1975, um chinês consumia em média 20 quilos de alimento por ano. Hoje ele consome 50 quilos. Quem mais pesa sobre os recursos mundiais, no entanto, não são os mais pobres. Um habitante dos EUA, da Europa, do Japão, tem um consumo 32 vezes maior que um habitante da África negra.

O segundo fator é a dependência entre petróleo e agricultura. A agricultura depende do petróleo. Se ele fica mais caro, a produção agrícola fica mais cara também. Um terceiro fator é a financeirização dos mercados mundiais. Os preços agrícolas internacionais variam não só em função de oferta e procura, mas das commodities também.

E quarto, claro, é muito importante a questão dos biocombustíveis. Eles, hoje, são elemento de pressão sobre os preços, mas não os que são produzidos no Brasil. A opção de dedicar parte importante da produção de grãos, nos EUA, e, no caso europeu, de beterraba, para o etanol, exerce uma pressão sobre os preços internacionais. E o patamar passa a ser o preço de petróleo.

G1 - O Brasil pode ser beneficiado nesse sentido pelas recentes descobertas de petróleo? Ou isso nem pode ser ainda discutido?

Abramovay - Pode. Ao mesmo tempo é muito perigoso. O desafio da humanidade nos próximos anos é descobrir como se descarboniza a matriz energética da civilização contemporânea. E essas descobertas podem sinalizar para a sociedade que isso não é tão importante.

Isabelle Moreira Lima

Fonte: Rede 3Setor

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

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VI Encontro Regional de Agroecologia - VI ERA

Convite
VI Encontro Regional de Agroecologia - VI ERA. O encontro acontecerá dos dias 19 a 24 de Abril de 2008 no campus da UENF - Campos (RJ) que terá participação da Rede Alerta - RJ.

Vejam a programação:

FEDERAÇÃO DOS ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO BRASIL-FEAB

“Resgate e Difusão dos Conhecimentos Rumo a Soberania Popular"

Centro Acadêmico de Agronomia - Seu Juvenal
Grupo de Estudos Agroecológicos - “AgroCrioulo”

Campos dos Goytacazes - Rio de Janeiro - 2008

Convite

A Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil - FEAB juntamente com o Centro Acadêmico de Agronomia “Seu Juvenal” e a Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF tem o prazer de convidar a todos os estudantes de Agrárias, Biológicas, Humanas , Exatas, agricultores, professores, movimentos sociais e a sociedade civil em geral para participar do VI Encontro Regional de Agroecologia - VI ERA. O encontro acontecerá dos dias 19 a 24 de Abril de 2008 no campus da UENF.

I- INFORMAÇÕES

1.1. Caracterização
Encontro de âmbito regional (MG, RJ e ES) entre estudantes, pequenos agricultores, profissionais, pesquisadores e entidades que desenvolvam tecnologias voltadas para agricultura sustentável.

1.2.Endereço
Comissão Organizadora do VI ERA - Centro Acadêmico de Agronomia
Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Av. Alberto Lamego, 2000 - Campos dos Goytacazes – RJ - CEP 28013-600

1.3. Participantes
Estima-se um público de, aproximadamente 400 pessoas, entre estudantes de graduação, pós-graduação, profissionais da área de agrárias, biologia, sociologia, comunicação, técnicos agrícolas, etc., agricultores e agricultoras da região, entidades governamentais e não governamentais, movimentos sociais populares e sociedade como um todo.

II - APRESENTAÇÃO

No Brasil e no mundo, a adoção generalizada do modelo tecnológico fundado na químico-moto mecanização gerado pelo desenvolvimento de tecnologias da chamada Revolução Verde, agudizou o histórico processo de fragmentação e de decomposição social e econômica da agricultura familiar, intensificando o desemprego rural, os processos migratórios campo-cidade e a favelização urbana. Apesar do aumento de produtividade, este modelo não permitiu a eliminação da pobreza rural e da fome em nosso país. Além dos efeitos sociais excludentes, engendrou também graves impactos ambientais que se irradiaram por todos as biomas do país cuja complexidade impede ou dificulta a avaliação dos custos embutidos nos processos que levaram ao aumento da produtividade no campo.

A insustentabilidade do modelo agrícola amplamente difundido pela Revolução Verde, tem motivado muitas discussões no mundo inteiro em torno de possíveis alternativas ao padrão produtivo a ele inerente.

Considerando a atual situação agrária do país e todo seu contexto histórico o VI Encontro Regional de Agroecologia (ERA) tem por finalidade discutir e contribuir no debate de uma agricultura sustentável, fazendo com que sejam ampliadas as preocupações com o social e o ambiental, assim como científico, técnico, cultural e ético. Este espaço tem o intuito de discutir e trazer, juntamente com agricultores, pesquisadores e estudantes, a realidade e as alternativas da vida no campo, calcados em princípios sustentáveis e agroecológicos e suas experiências práticas.

III - HISTÓRICO

Os estudantes de Agronomia do país organizam-se em nível nacional desde 1954, quando fundado o Diretório Central dos Estudantes de Agronomia do Brasil (DECEAB). Devido a repressões ao movimento estudantil na década de 60 os avanços ficaram comprometidos. Finalmente reorganizou-se em 1972 fundando a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), sendo esta a máxima entidade representativa desses estudantes depois da União Nacional dos Estudantes - UNE.

A partir dos anos 70, os estudantes de agronomia começaram a sentir a necessidade de desenvolver esforços para, por um lado, entender criticamente o modelo de desenvolvimento agropecuário que estava sendo implantado no país, buscando analisar suas conseqüências e, por outro, para melhorar a qualidade do ensino da agronomia, aproximando-o mais da realidade, demandas e necessidades da maioria dos trabalhadores e produtores familiares rurais, situados em condições marginais no contexto daquele modelo.

A FEAB congrega os Centros e Diretórios de mais de 80 escolas de agronomia de todo o Brasil, organizada em coordenações nacional e regional, realizando trabalho nas bases, subsidiando discussões através dos núcleos de trabalho permanente (NTP's), assim como participando, apoiando e promovendo diversas lutas com movimentos e entidades.

São bandeiras de luta da FEAB: Agroecologia; Movimentos Sociais Populares; Universidade; Relações Internacionais; Juventude, Cultura e Gênero; Ciência e Tecnologia; Formação Profissional.
A promoção de discussões sobre Agroecologia se dá desde 1981, através de interações com outras entidades (FAEAB, MST, AS-PTA, CPT), o que resultou em 4 Encontros Nacionais de Agricultura Alternativa (EBAA) na década de 80. Por superlotações nos eventos, viabilizaram-se Encontros Regionais de Agricultura Alternativa (ERAA). De acordo com deliberações da Plenária Final do 43° Congresso Nacional de Estudantes de Agronomia (CONEA), o evento passou a chamar-se Encontro Regional de Agroecologia (ERA), e este de novo nome foi o V ERA realizado na Universidade Federal de Minas Gerais. No 50° CONEA o Centro Acadêmico “Seu Juvenal” se propõe e assume a realização do VI ERA.

IV - OBJETIVOS

A realização do VI ERA tem como objetivos:

Ampliar e difundir o debate agroecológico;
Discutir uma nova abordagem da agricultura no país;
Construir propostas para a solução de problemas relacionados à soberania alimentar;
Resgatar a valorização das sementes crioulas;
Discutir o projeto de agricultura do governo;
Propor alternativas de inclusão social;
Formação profissional;
Discutir papel da universidade no desenvolvimento agrícola;
Resgatar os valores e conhecimentos do pequeno agricultor;
Apoiar o fortalecimento da produção familiar;
Promover espaços de interdisciplinaridade e interação entre alunos de vários cursos, profissionais e agricultores;
Unir entidades no avanço e consolidação do paradigma agroecológico;
Elaborar relatórios que sirvam para discussões posteriores;
Apoiar o surgimento de novos grupos agroecológicos;
Fortalecer as relações com movimentos sociais.

V - JUSTIFICATIVA

Um enfoque científico exclusivamente dirigido a minorar os impactos ambientais da agricultura convencional, sem que se contemplem as difíceis condições sócio-econômicas enfrentadas pelos agricultores, apresenta limitadas possibilidades para o efetivo enfrentamento da crise. A consolidação de um paradigma alternativo que forneça as bases técnico-científicas para a superação da crise sócio-ambiental da agricultura deve considerar, de forma integrada, as dimensões ecológica, social e econômica envolvidas no processo de desenvolvimento. A construção de um novo paradigma demandará considerável esforço do setor de pesquisa para avançar o conhecimento, inclusive aprimorando e incorporando novos enfoques pelas instituições. Nesse sentido faz-se necessário debater o papel de ensino de ciências agrárias na construção participativa de alternativas para o desenvolvimento sustentável.

VI - METODOLOGIA

RECEPÇÃO E INSCRIÇÃO:
Objetivo: recepcionar os participantes do evento, bem como alojá-los; reconhecimento do campus (para quem chegar antes da abertura).

ABERTURA:
Objetivo: iniciar o encontro, apresentando o objetivo geral do evento e das entidades envolvidas; dar boas vindas às caravanas de cada região e entidades.

GRUPO DE INTEGRAÇÃO (G.I):
Objetivo: facilitar a integração entre os participantes e o desenvolvimento dos temas discutidos. É realizada através de dinâmicas de grupo, mística, etc... Neste espaço é apresentada a grade do evento, explicando os seus espaços e as respectivas metodologias.

OFICINAS:
Objetivo: mostrar como os agricultores e agricultoras manejam as diversidades de experiências a partir de uma lógica de otimização dos recursos voltados para agricultura familiar, ante a uma apropriação de conhecimento técnico, seja através da observação/convivência quanto da apropriação de técnicas.

GRUPOS DE DISCUSSÃO:
Destinado ao aprofundamento e troca de experiências dos participantes, usando como subsídio, dinâmicas de grupo e as discussões realizadas nos painéis que serão sistematizadas com a ajuda dos coordenadores.

FEIRA DE SEMENTES:
Visa proporcionar a exposição de produtos e grupos de agroecologia para troca de experiências entre produtores locais e os demais participantes do evento. A idéia é, como numa “Feira de Ciências” - onde todos (agricultores e, estudantes, professores e sociedade) possam estar interagindo, expor a produção científica e cultural relevante à agricultura familiar.

CULTURAL:
Momento de valorização e divulgação da cultura regional proporcionando integração, descontração e confraternização entre todos os participantes do evento;

ATO PÚBLICO:
Com o objetivo de participação coletiva, envolvendo místicas e discussões, em contato direto com a natureza e comunidades carentes, realizando alguma atividade na terra, por exemplo, plantio de mudas nativas para reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, oficinas com os moradores, limpeza do local, construção de horta comunitária e outras atividades possíveis. Também será realizado um ato de manifestação dos participantes junto com a comunidade de alguma pauta de luta local.

VII - GRADE

Painel I: Agroecologia: Onde tudo começou?

Palestrantes: Claudemar (Secretaria de Agricultura de Casemiro de Abreu)

Painel II: Do avanço da monocultura a resistência popular

Palestrantes: Sergio Ricardo (Rede Alerta Contra o Deserto Verde - RJ ) e Carol (Comitê Contra o Trabalho Escravo no Norte Fluminense)

Painel III: Agroecologia teoria e pratica

Palestrantes: Prof. Canrobert (CPDA - UFRuralRJ) e Prof. Fábio Coelho (UENF)

Painéis paralelos:
1- Da deformação a formação profissional: qual técnica queremos
Palestrante: Cobrão (ESALQ)

2- Agricultura urbana
Palestrante: Denis (ASP-TA)

3- Consciência agroecológica
Palestrantes: Técnicos e Agricultores de Casemiro de Abreu/RJ

4- Soberania alimentar x Transgênicos
Palestrante: Maria Rita (Terra de Direitos)

5- Ecossocialismo.
Palestrante: Profa Guiomar Valdez (CEFET Campos)

Preparo para o ato: Jucelino (MAB-MG)

Mesa Redonda:

Comunidades tradicionais: luta e resistência!
Palestrante: Véi (quilombola), Prof. Carlos Dayrel (CAA - UFMG) e Prof. Javier Alejandro Lifsciaitz (CCH/UENF)

Juventude Agroecologica:
Palestrantes: Roberta Transpadini (Consulta Popular) e José Maria Tardin (ELAA)

Trocas de experiências:

Trocas de experiências com agricultores - Zé Ferreira
Economia solidária - Teia e ANA
Cooperativas de pequenos agricultores - CACAL e Araponga
Comunidades Tradicionais - Wania Mesquita (CCH/UENF) e quilombolas de Campos
Escola família agricola - EFA
Grupos de Agroecologia - GAE/UFRuralRJ
Núcleo de Apoio a Reforma Agrária e Grupos de Extensão - Nascer
Grupo de Permacultura - Grupos de Viçosa
Capoeira
Pesquisa e Extensão em Agroecologia - UPEA/CEFET

Oficinas

1- Arte Agroecológica: Filtro dos sonhos, Macramé, Cores da Terra, Sofá Garrafa Pet e Cerâmica
2- Oficina de Doces
3- Permacultura
4- Agricultura Urbana
5- Plantas Medicinais
6- Manejo de Safs
7- Construçoes Alternativas
8- Reciclagem
9- Escalada em Arvores
10- Compostagem
11- Homeopatia para Animais
12- Galinha Caipira

Obs.: ministrantes a confirmar e esperando confirmação de mais oficinas oferecidas pelos grupos de Agroecologia.

VIII - OBSERVAÇÕES

Contatos:
(21) 9345 4165 e (24)92583668 (Centro Acadêmico de Agronomia)
(22) 92131509 ou (22)9262 2801 (Grupo de Estudos Agroecológicos)
era6regional3@yahoo.com.br

IX - Inscrições:

Antecipado :Até dia 18-04-08 R$ 20,00 ( sem alimentação e alojamento ).
R$ 40,00 ( com alimentação e alojamento ).

No evento : R$ 25,00 ( sem alimentação e alojamento ).
R$ 45,00 ( com alimentação e alojamento ).

Depositar na conta de Adilson Jovanino Teixeira Junior

AG: 6186
CTA: 05313
Banco Itaú.

Inscrições na UENF dos dias 07 a 18/04 na parte da tarde no E1.

Victor Hugo Caldas R. Martins e Fábio Cunha Coelho
Comissão Organizadora do VI ERA Professor Orientador do Evento

Fonte: Sérgio Ricardo

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quinta-feira, 17 de abril de 2008

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Prominp reduz exigências na seleção pública






Foto: AGÊNCIA PETROBRAS
Publicada em 17/4/2008 14:57:32

Ficou mais fácil ingressar nos cursos do Prominp. Neste terceiro ciclo de seleção pública, que oferece 15.569 vagas em 127 cursos de qualificação profissional, diversos pré-requisitos de algumas categorias profissionais foram revistos (ver quadros abaixo), como forma de ampliar as chances de ingresso de profissionais sem experiência nos cursos e, posteriormente, no mercado de trabalho. O edital, lançado no dia 7 de abril, já incluiu as modificações. As inscrições estão abertas até o dia 25 de abril.

Nível básico - Para algumas categorias de nível básico, que antes exigiam um tempo de experiência mínima, o Prominp substituiu esse requisito por um módulo de nivelamento prático durante o curso, quase duplicando sua carga horária. Os cursos que antes tinham 180 horas de duração passarão a ter 334 horas. As categorias que se encaixam neste bloco de alteração são: acoplador, caldeireiro, curvador, isolador, mecânico ajustador, mecânico montador, encanador, revestidor, soldador de estrutura, soldador de pipe line e soldador de tubulação. Das 15.569 vagas oferecidas neste edital, 5.561 são para estas categorias.

Nível médio - Os pré-requisitos de três categorias de nível médio – eletricista montador, eletricista força e controle e instrumentista montador – também sofreram mudanças. Com os respectivos cursos reestruturados, o Prominp excluiu a exigência do tempo de experiência no edital. São 1.316 vagas destinadas a estas categorias.

Os candidatos que possuem curso técnico de nível médio completo também não precisarão de experiência para se inscrever em inúmeros cursos de nível médio, tais como: encarregado de andaime, encarregado de elétrica, encarregado de estrutura, encarregado de solda, instrumentista sistemas, desenhista projetista de elétrica, desenhista projetista de civil, desenhista projetista de automação, profissional de qualidade e profissional de planejamento, entre outros.

Categorias que antes não tinham a experiência como exigência permanecem iguais neste edital. Para se inscrever em uma das 2.219 vagas oferecidas para cursos, por exemplo, de lixador, pintor, operador de trator, montador, montador de andaime e auxiliar de movimentação de carga, basta ter o Ensino Fundamental completo ou até a 4ª série, dependendo da categoria escolhida.

Já quem possui nível médio completo e não tem experiência, pode se inscrever para apoio administrativo, assistente de logística, cozinheiro, operador de sonda de produção, operador de sonda de perfuração, padeiro/confeiteiro e plataformista. São 942 vagas destinadas a essas categorias.

As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de abril no site do Prominp (www.prominp.com.br) ou nas agências dos Correios selecionadas. O edital está disponível para consulta e download nos sites do Prominp e da Cesgranrio (www.cesgranrio.org.br).

Fonte: Agência Petrobrás





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Geofísico afirma que o Brasil pode se tornar 2ª maior reserva de petróleo do mundo

Por Rafael Duarte (Agência Petroleira de Notícias)

Em entrevista a Agência Petroleira de Notícias, o exploracionista (geofísico/geólogo) João Victor Campos, aposentado da Petrobrás e responsável pela descoberta do mega campo de Majnoon, no Iraque (30 bilhões de barris de reserva), afirma que a declaração de Haroldo Lima favoreceu fortemente a especulação na bolsa de valores.

APN: Você acha que é verdadeira a declaração de Haroldo Lima, presidente da Agência Nacional do Petróleo, sobre o megacampo de petróleo de Carioca que seria cinco vezes maior que o de Tupi?

Victor: Esse campo de Carioca, bloco BS9 da Bacia de Campos, contíguo ao BS11, onde está o Campo de Tupi, foi perfurado em setembro 2007, e é realmente possível que seja verdadeira a declaração do Haroldo Lima. Só a Petrobrás pode confirmar a existência da reserva de 33 bilhões de barris, isso depois que ela fizer o teste conclusivo.

APN: Que intenção levou o presidente da Agência Nacional do Petróleo a soltar essa declaração da forma como fez? Você acha que houve precipitação?

Victor: Acho que a grande favorecida foi a Repsol, a que detém a menor parcela da parceria e que receberá um dinheiro fantástico. Considerando o barril do petróleo a 100 dólares, os 20% a que tem direito a Repsol sobre os 33 bilhões de barris da Carioca, representam um total de 660 bilhões de dólares. A Petrobrás (que tem 45% das ações do campo de Carioca), a BG (com 35%) e a Repsol (20%) tiveram, em três dias, um ganho em torno de 20 bilhões na bolsa. O Haroldo não poderia se antecipar como fez. Quem tinha que dar essa declaração era a Petrobrás.

APN: De qualquer forma, o que significa para o país a descoberta de Carioca?

Victor: Se vier a se confirmar que o campo de Carioca tem 33 bilhões de barris, conforme anunciado, então é possível que a área abrangida pelo pré-sal (800Km x 200km), teria mais de 100 bilhões de barris. Essa descoberta colocaria o país na posição de 2ª ou 3ª maior reserva de hidrocarbonetos do mundo. Ficando atrás da Arábia Saudita, ultrapassando o Iraque, hoje 3º colocado e disputando o segundo posto com o Irã.

APN: A partir dessa descoberta, que avaliação você faz da continuidade dos leilões das áreas promissoras de petróleo e gás que continuam nos planos do governo brasileiro?

Victor: Sou totalmente contra esses leilões. O Brasil para se transformar em exportador de petróleo deve fazer isso sozinho. O nosso país não precisa de parceria para explorar seu petróleo. Nós temos tudo. Somos os pioneiros. A Petrobrás é a única com tecnologia de exploração de petróleo na área do pré-sal. A defesa dos leilões vem de fora para dentro, com anuência interna. Há uma necessidade urgente e premente de acabar em definitivo com os leilões da ANP e fortalecer o Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás, para benefício unicamente do povo brasileiro.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias




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quarta-feira, 16 de abril de 2008

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PETROBRAS - PROCESSO SELETIVO 2008

Venha fazer parte de uma história de sucesso!

A Petrobras tem em seus quase 70 mil empregados espalhados pelo mundo sua maior fonte de energia e, por isso, investe alto em pessoas.

Há mais de 50 anos, a Petrobras trabalha para valorizar, desenvolver e reter seus talentos, com uma política centrada nas pessoas.

Não por acaso, a avaliação do indicador de sustentabilidade da Bolsa de Nova Iorque (Dow Jones Sustainability World Index) destacou o desenvolvimento de capital humano e práticas de trabalho realizados pela Petrobras.

No último dia 15, foi aberto o maior concurso já realizado pela Petrobras, com 60 cargos de nível médio e superior para preenchimento de 2.582 vagas e formação de cadastro.

Inscreva-se no período de 17 a 29 de abril de 2008 - a taxa de inscrição é de R$ 27,00 (vinte e sete reais) para os cargos de Nível Médio e de R$ 40,00 (quarenta reais) para os cargos de Nível Superior.

Edital de retificação**

Edital **

Mais informações no site www.cesgranrio.org.br (*)

Fonte: Petrobrás

Veja o Calendário do Concurso:

Inscrições
17 a 29/04/2008

Entrega dos Cartões de Confirmação de Inscrição (via ECT) exclusivamente para inscritos nos postos credenciados para os cargos de Advogado Júnior, Auditor Júnior, Inspetor de Segurança Interna Júnior e Técnico de Perfuração e Poços Júnior
Até 14/05/2008

Atendimento aos candidatos para os cargos de Advogado Júnior, Auditor Júnior, Inspetor de Segurança Júnior e Técnico de Perfuração e Poços Júnior
15 ou 16/05/2008

Aplicação das provas objetivas (para os cargos de Advogado Júnior, Auditor Júnior, Inspetor de Segurança Júnior e Técnico de Perfuração e Poços Júnior) e discursivas (para os cargos de Advogado Júnior, Auditor Júnior)
18/05/2008

Divulgação dos gabaritos das provas objetivas (para os cargos de Advogado Júnior, Auditor Júnior, Inspetor de Segurança Júnior e Técnico de Perfuração e Poços Júnior), via Internet
19/05/2008

Interposição de eventuais recursos quanto às questões formuladas e/ou aos gabaritos divulgados
20 e 21/05/2008

Entrega dos Cartões de Confirmação de Inscrição (via ECT) exclusivamente para os inscritos nos postos credenciados (demais cargos)
Até 04/06/2008

Atendimento aos candidatos (demais cargos)
05 ou 06/06/2008

Aplicação das provas objetivas (demais cargos)
08/06/2008

Divulgação dos gabaritos das provas objetivas (demais cargos)
09/06/2008

Interposição de eventuais recursos quanto às questões formuladas e/ou gabaritos divulgados
10 e 11/06/2008

Divulgação dos resultados das provas objetivas (para os cargos de Advogado Júnior, Auditor Júnior, Inspetor de Segurança Júnior e Técnico de Perfuração e Poços Júnior), das notas da prova discursiva (para os cargos de Advogado Júnior, Auditor Júnior) e convocação para o Exame de Capacitação Física (para os cargos de Inspetor de Segurança Júnior e Técnico de Perfuração e Poços Júnior)
10/06/2008

Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas da prova discursiva (para os cargos de Advogado Júnior e Auditor Júnior)
11 e 12/06/2008

Exame de capacitação física (apenas para os cargos de Inspetor de Segurança Júnior e Técnico de Perfuração e Poços Júnior)
14 e 15/06/2008

Divulgação das notas do exame de capacitação física (apenas para os cargos de Inspetor de Segurança Júnior e Técnico de Perfuração e Poços Júnior)
19/06/2008

Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas do exame de capacitação física (apenas para os cargos de Inspetor de Segurança Júnior e Técnicode Perfuração e Poços Júnior)
19 e 20/06/2008

Resultado Final (para todos os cargos)
27/06/2008

Fonte: G1

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Denúncia: Lixão do bairro Caramujo - Niterói / RJ

15/4/2008

A Prefeitura de Niterói - Rio de Janeiro - Brasil - não cumpre o Termo de Ajustamento de Conduta há quase 3 (três) anos, “A vida útil do lixão do Morro do Céu não poderá ser estendida por mais de 25 meses, a partir de abril de 2004, devendo seu fechamento ocorrer até abril de 2006” (Pc. 2002.002.022998-0). Mas, a CLIN continua despejando todos os tipos de lixos no local, ampliando o lixão que já têm 24 anos de existência. Além de ganharem do lixo que já é jogado "normalmente", também ganham de particulares que despejam seus montantes de lixo sem qualquer prudência dia e noite: lixo hospitalar, de construção civil, corpos em decomposição do cemitério do Marui, lixo industrial, pilhas, baterias de celular, etc. A área atingida são de 214.000m², são jogados 750t/dia de vários resíduos e 4t/dia de lixo hospitalar e ainda estão desapropriando 3 ruas para darem continuidade ao crime.

O lixão fica há 30 metros de uma Creche e poucos metros de outra creche, um "Centro Cultural", uma escola e um "Posto de Saúde" (invadido por moscas) - todos em funcionamento. Ainda existem várias crianças trabalhando no local e outras penduradas nos caminhões de lixo correndo risco de vida de várias maneiras.

A saúde de todo o Município está comprometida, ainda mais dos moradores do entorno que não respiram ar e sim gás metano. Vários estão com doenças de pele e enfisema pulmonar (algumas já faleceram com o mesmo diagnóstico). Além de outras doenças respiratórias, sem falar da fumaça dos incêndios quelevam horas queimando, devido ao excesso de gás metano.

A água do local está contaminada, devido ao comprometimento do lençol freático, pois o chorume (líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos ) que poluiu as nascentes e poços artesianos, sai da lixeira e eleva sua contaminação pelo Rios: Mata-paca, Rio Sapê, Rio Maria Paula, Rio Alcântara e Rio Guaxindiba. Além de uma outra parte (que tentaram mudar o percurso, mas as duas bombas não funcionam) que por cima da rede de abastecimento de água. A CLIN também destruiu muito verde do local...

Não podemos recorrer a nenhuma autoridade em Niterói, visto estarem todos comprometidos, os jornais da cidade nada publicam.

O Promotor Sr Luciano Matos da 2ª Promotoria de Tutela Coletiva do núcleo Niterói diz que não vai aplicar a multa de 3.000 UFIR´S pelo descumprimento e violação de todos os compromissos estabelecidos e também diz que não vai obrigar a Prefeitura a cumprir a lei - se as autoridades não puderem cumprir a lei o que poderá exigir dos cidadãos? Só estamos querendo que justiça seja feita, pois, o lixão já está irregular a 24 anos e já deveria ter saído desde abril de 2006.

Uma das soluções que foi dada é um Consórcio, mas, a Prefeitura de Niterói não quer para não perder nem dividir dinheiro com outro Município (lixo dá dinheiro).

É um caso desumano!

Endereço: O local é na Rua Artur Pereira Mota – Bairro Caramujo - Cidade Niterói RJ - Brasil

Fonte: Portal do Meio Ambiente / REBIA Sudeste / Alexandre.

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ALERJ Mobiliza estudantes na luta contra o aquecimento global

15/4/2008
Parlamentares juvenis terão que apresentar projetos de lei sobre o tema

Quando a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro deu início ao processo de divulgação da quarta edição do projeto Parlamento Juvenil, em março deste ano, os alunos das mais de 1,6 mil unidades da rede pública de ensino do estado foram avisados de uma novidade na já tradicional e esperada eleição. Este ano, os projetos de lei criados e defendidos pelos estudantes durante a etapa regional do Parlamento deverão tratar exclusivamente de meio ambiente, mais especificamente de medidas para conter o aquecimento global, decorrente da emissão de gases causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO²). A iniciativa é fruto da parceria inédita do Parlamento Juvenil com a Secretaria estadual do Ambiente (SEA). "Temos observado, em trabalhos nas escolas do interior, que o tema é amplamente discutido e tem despertado o interesse dos estudantes, o que gera em nós grandes expectativas com relação aos projetos que podem surgir do Parlamento Juvenil este ano", aposta o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

A parceria com a Secretaria do Ambiente e sua participação na coordenação do Parlamento, que já reúne, desde a primeira edição, a Alerj, a Secretaria de Estado de Educação e a rede da Fundação de Apoio à Escola Técnica do estado (Faetec), não se restringe à escolha do tema aquecimento global. "Nossa esperança é que saiam de cada região projetos que tragam soluções direcionadas para as demandas e especificidades locais. A Secretaria do Ambiente nos ajudará preparando os candidatos para o tema, através de palestras e distribuição de material", adiantou o coordenador de projetos especiais da Alerj, Arlindenor Pedro de Souza, que defende que o projeto seja a bandeira das eleições já nos dois turnos realizados nos municípios. "Nas nossas edições anteriores, os representantes municipais eram escolhidos com base no carisma, deixando para discutir os projetos só na etapa regional. Esperamos que isto mude este ano", prevê.

Em novembro próximo, quando os 45 jovens selecionados chegarem ao Palácio Tiradentes para passar uma semana discutindo, analisando e votando as propostas escolhidas, vão encontrar um Parlamento cada vez mais preocupado com o tema. Há atualmente 15 projetos sobre o assunto em tramitação na Casa, além dos muitos que falam sobre outras ações em defesa do meio ambiente. Recordista na apresentação de propostas sobre a contenção do aquecimento, com seis projetos a serem votados, o parlamentar Rodrigo Dantas (DEM) aposta nas alternativas que não imponham restrições à população. "Acredito na importância de sugerir ações de substituição, que são mais facilmente assimiladas e aceitas. O cidadão, individualmente, só é nocivo ao consumir, por isso o foco na readequação do consumo. Medidas que cerceiam só devem existir de modo emergencial. Devemos preservar a natureza garantindo as liberdades individuais", defende o autor de projetos que, dentre outras coisas, prevêem medidas para conter emissões de gases causadores do efeito estufa, e da lei que obriga a instalação de sistema de aquecimento solar de água nos prédios públicos do estado.

Outro parlamentar que defende a compensação é André Corrêa (PPS), que aprovou a Resolução 329/08 que fará da Alerj um Parlamento Neutro, através da medição das emissões de gases causadores de efeito estufa produzidos pelas atividades parlamentares e do plantio de um número de árvores equivalente, com o objetivo de neutralizar o impacto ambiental causado pela Casa. "Esta medida pedagógica visa a despertar a consciência de cidadania ambiental a partir do Parlamento e a diminuir o impacto do dióxido de carbono (CO²), que gera o efeito estufa e as mudanças climáticas no planeta", explica Corrêa.

Para a superintendente em clima e mercado de carbono da SEA, Suzana Kahn Ribeiro, a compensação dos gases emitidos ou a implementação de sistemas que usem energia renovável devem ser estimuladas paralelamente a noções de economia de luz e água e de seleção do lixo. "A defesa de projetos como estes deve ser combinada à apresentação e aprovação de propostas que estejam relacionadas ao dia-a-dia da população. É mais fácil implementar leis que tratem de ações pontuais, como coleta de lixo, porque abordam temas com os quais a população se identifica. Medidas mais complexas são fundamentais, mas envolvem ações interdisciplinares, o que gera rejeição por parte da população", analisa a superintendente. Os demais deputados que apresentaram propostas sobre o tema são Marcelo Simão (PHS), João Pedro (DEM), Dionísio Lins (PP), Dr. Wilson Cabral (PSB), Coronel Jairo (PSC) e Álvaro Lins (PMDB).

Confira alguns dos projetos sobre o tema
Energia Solar – A Lei 5.184/08, do deputado Rodrigo Dantas, obriga prédios públicos a instalarem sistema de aquecimento de, pelo menos, 40% da água utilizada a partir da captação da energia solar. A instalação terá de ser feita durante a construção ou reforma dos edifícios.

Campanhas nos cinemas – O projeto de lei 720/07, apresentado pelo deputado João Pedro, propõe que os cinemas do estado veiculem mensagens sobre o aquecimento global.

Filtros para indústria sucro-alcooleira – O projeto de lei 732/07, do deputado Wilson Cabral, prevê a instalação de filtros de contenção de gases nocivos nas indústrias de açúcar e álcool no estado. Vetado pelo governador, o projeto retorna à Casa para a apreciação dos parlamentares que decidem se mantém ou derrubam o veto.

Disque-Denúncia – O deputado Coronel Jairo propôs, no projeto de lei 1.110/07, a criação de um disque-denúncia voltado aos crimes ambientais.

Política sobre Mudança Climática – Estímulo ao desenvolvimento sustentável, inventário de emissões de gases e programas para conscientizar a população estão entre as medidas contidas no extenso projeto de lei 755/07, que cria a Política Estadual sobre Mudança Global do Clima, do deputado Marcelo Simão.

Redução da emissão de gases – O projeto de lei 89/07, do deputado Rodrigo Dantas, obriga o Estado a substituir, no prazo de quatro anos, toda a frota movida apenas a gasolina por veículos bi ou tri-combustíveis

Departamento de Comunicação Social da Alerj
Fernanda Pedrosa (diretora)
(21) 2588-1404 / 2588-1627
(21) 9981-5119

Fonte: Portal do Meio Ambiente /Departamento de Comunicação da Alerj.

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